sexta-feira, 29 de novembro de 2013

[PABLO NERUDA DIZIA QUE...]

Morre lentamente

quem não vira a mesa
quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida fugir dos conselhos sensatos.

E por isso eu hoje decidi arriscar e lançar a primeira pedra num projecto que vive alojado no meu pensamento há já alguns meses.
Arriscar. É a palavra de ordem para 2014!

[HOME SWEET HOME] 3










quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A CALMA DO SR. PICKWICK E A PRESSA DA SRA. ANDORINHA


Com toda a certeza já devem ter visto nas livrarias uns cadernos de lombada larga, parecendo ter sido cosidos à mão. São Os Cadernos de Pickwick, uma belíssima edição Tinta-da-China.

Apesar de ainda não os ter lido (mas prometo que vou ler), descobri que Pickwick era um homem sem pressas, não fazia parte do seu carácter perder a paciência ou entrar em desespero. É o tipo de homem que está disposto a passar o resto da sua vida numa prisão de devedores, apenas por princípio, apesar de ter mais do que dinheiro para pagar uma dívida que considera injusta.

Depois de ler isto, julgo não me poder comparar a Pickwick, se a Pickwick chamássemos um homem lento, ou melhor ainda, vagaroso. Na verdade não sou.

Mas invejo sobretudo a forma como ele lia devagar, sem pressas. Tal como à mesa, ou na cama antes de sair de casa pela manhã, não pensava nunca num futuro demasiado próximo. E eu penso o quanto gostava de ser assim. De ler devagar, sublinhar, voltar a ler, devorar as palavras e perceber cada uma delas como se fosse a última vez que as lia. Gostava de me sentar à mesa e saborear cada garfada, devagar, parar, pousar os talheres, mastigar, voltar a pegar nos talheres e voltar a saborear. De me deitar e não pensar demasiado no futuro e de me levantar, espreguiçar e não pensar no depois. Gostava de ser mais justa. Apesar de ter perdido o hábito de fazer uma oração à noite, as raras vezes que a faço peço sempre para ser uma pessoa melhor. Viver, calmamente, cada momento. Imaginem que às vezes ainda não acabei um livro (nem a meio vou) e já me questiono sobre qual vou ler a seguir! E era nisto que eu gostava de me assemelhar ao Sr. Pickwick.

Não tenho as chamadas must-reads, apesar de ter listas e listinhas para tudo e mais alguma coisa. Tento dividir a minha atenção por temas variados no que respeita aos livros. E pego em qualquer um. Gosto muito de entrar em livrarias, bibliotecas, alfarrabistas. Gosto do cheiro dos livros quando os desfolho e de enterrar o meu nariz em cada folha para descobrir o seu cheiro.
Mas apesar de não ter as must-reads, Os Cadernos de Pickwick farão parte da minha lista para 2014 (isto eu gosto, de listas de objectivos vs compras vs ideias para o próximo ano)!

Ricardo Araújo Pereira qualifica o Sr. Pickwick como imortal. Talvez eu não queira ser imortal. Talvez só queira que as minhas palavras, mas principalmente as minhas boas acções se tornem imortais. Talvez eu só queira ser uma pessoa melhor, com a calma do Sr. Pickwick.



[O MELHOR DO MEU DIA] SABÊ-LO ALI, AO LADO, MESMO QUANDO DORMIMOS PROFUNDAMENTE E ACHAMOS QUE O MUNDO É HABITADO SÓ POR NÓS E PELOS NOSSOS SONHOS


"... alguém que porventura não vemos e que nos resguarda as costas com o peito, que está prestes a roçar em nós e acaba sempre por fazê-lo, e às vezes, inclusive, essa pessoa põe-nos uma mão no ombro, por meio da qual nos tranquiliza e também nos agarra. Assim dorme, ou está convencida de que dorme, a maioria dos casais e namorados, os dois voltam-se para o mesmo lado quando se dão as boas-noites, de modo que um passa a noite inteira de costas voltadas para o outro e sabe que está amparado por ele ou ela, por esse outro, e, a meio da noite, ao acordar sobressaltado por um pesadelo ou sentindo-se incapaz de conciliar o sono, ao ser acometido por uma febre ou julgar-se sozinho, abandonado e às escuras, basta-lhe dar meia-volta e ver então, à sua frente o rosto daquele que o resguarda, que se deixará beijar em tudo o que no rosto for beijável (nariz, olhos e boca; queixo, testa e faces) ou quem sabe, meio adormecido, lhe pousará uma mão no ombro para o tranquilizar, ou para o agarrar, ou talvez para se segurar a si próprio."
                                                                                                           Coração tão branco, Javier Marías

PÔR-DO-SOL VISTO DO YEATMAN...NAQUELA NOITE, LEMBRAS-TE?

ADEUS PIJAMAS ABORRECIDOS

Olá pijamas mais sexys e confortáveis e sem deixarem de ser bonitos.
Ando numa de fazer uma verdadeira remodulação no que toca a pijamas.
Sim, eu sei, os pijamas querem-se quentinhos. Mas podem ser quentinhos e ao mesmo tempo bonitos.
Estes são alguns exemplos que eu tirei da Oysho e da H&M.














[HOME SWEET HOME] 2


















IMAGENS DAQUI

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

DOMINGOS NA ALDEIA

São dias bons, de sol e de luz. São dias bons para tirarmos fotografias. São dias bons para respirarmos. São dias bons para vermos os animais e as plantas a crescerem.