É hoje! 36 anos da minha vida. Acordei e ele e ela cantaram-me os parabéns. Ela bate palminhas e balança todo o seu corpo demonstrando toda a alegria e felicidade. E eu fico feliz por ela ser feliz e por fazê-lo a ele feliz. Basicamente, está a ser um dia normal, o que é bom. Recebi beijinhos, um casaco lindo de couro, mais beijinhos, um bolo de chocolate feito pelo meu irmão, palavras doces, mensagens e emails carregados de palavras boas que nos aquecem o coração neste dia frio de Novembro.
quarta-feira, 25 de novembro de 2015
terça-feira, 24 de novembro de 2015
aproveitar
Esta que vos escreve faz amanhã 36 anos. Por isso, durante o
dia de hoje, tenciono gozar ao máximo os meus 35 anos. Considero que passar dos
35 para os 36 é envelhecer mais do que 1 ano. É mais do que isso. É como passar
dos 29 para os 30 ou dos 39 para os 40. Há toda uma diferença este 35 e 36. Não
é que ligue à idade, porque não ligo. E se me perguntam, repondo de imediato,
sem rodeios nem receios, nem com a típica e parva pergunta: “que idade me dás”?
Mas sinto que a partir de amanhã tudo vai ser diferente. Ou não!
Nasci num domingo, às 12h30, aquela hora em que a fome
começa a apertar e já se comia qualquer coisinha, um assado por exemplo que
afinal era domingo. Parto normal, gravidez saudável. Ou quase, e passo a
contar. A minha mãe teve rubéola. Um susto, um grande susto, principalmente
porque não havia ecografias (se calhar havia, mas não estava acessível a todos)
nem exames específicos para perceber a gravidade do assunto. Ela deixou tudo ao
cuidado de uma divindade em que ela acreditava, Deus. Houveram rezas, súplicas,
terços a rodar pelos dedos ao som da ladainha das avé marias. Houve, sobretudo,
esperança. E eu nasci, saudável, gordinha, cabeleira farta, pele escura de índia
(agora sou mais clara, mas no verão ficou bem preta na praia, e não preciso de
muito sol).
Hoje penso nisso, nessa esperança que ela teve e na coragem
de avançar com tudo, enfrentando as palavras menos boas dos médicos, os alertas
para o que poderia acontecer. Hoje penso nisso e agradeço-lhe por ter confiado
na sua intuição, no seu amor por mim, no seu Deus.
35, quase 36, e estou aqui mulher feita. Também eu sempre cheia de esperança. Positiva, acima de tudo (tirando os dias em que não sou!). E isso agradeço a ela, minha mãe, e ao meu pai. Sempre sobrevoou naquela casa uma alegria imensa e a certeza que o amanhã iria ser ainda melhor que o hoje.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
despertar
O dia começa cedo, bem cedo. Às vezes às 6h, outras vezes às
6h30. Hoje às 5h já chorava, não sei se com fome, com frio, com calor, sem
sono, com sono. O início da manhã é tudo menos calmo. Acordamos com ela (um
doce de despertador, com o choro desesperado de fome). Dou-lhe de mamar (eu
acho que já não sai nada, mas ela fica satisfeita. Além do mais ela detesta,
odeia mesmo, o leite em pó que lhe comprei. Verdade seja dita, que eu provei só
para perceber, aquilo não sabe nada bem). Depois visto-a e vamos tomar o
pequeno-almoço. Até aqui tudo bem, ela brinca, dança, começa a bater as
primeiras palmas quando lhe cantamos a música dos parabéns, dá enormes sorrisos
com aparece o Panda na televisão. Mas depois, depois quando quero tomar banho,
aí a coisa complica-se. O pai tem de sair para trabalhar, ou o trânsito
condiciona-lhe a vida. Não posso desaparecer da vista dela 2 segundos, às vezes
1, ou os gritos ouvem-se do
primeiro ao último andar, e quem sabe no prédio em frente. Já tentei: colocá-la
no parque que compramos e onde tem os bonecos preferidos dela, mas grita. Levar
a cadeirinha da papa e colocar à porta da casa de banho, mas grita. Vestir-me
com ela na sua cama, mas já se levanta, agarra-se às grades e começa a pular, a
pular, a pular, até quase bater com a boca na madeira. Enfiá-la no carrinho
bengala e andar com ela pela casa, a fazer as minhas coisas enquanto ela
observa atentamente tudo. Esta é a que funciona melhor.
Já pensei em soluções, como acordar mais cedo que ela e
arranjar-me antes dela acordar. Mas acordar a que horas? 5 da manhã? Por vezes
o que faço é tomar banho à noite. De manhã é só vestir-me e sair. Se passaram
por isto, se tiverem truques e dicas, serão muito apreciados por esta mãe que,
apesar de amar muito a sua filha, só queria ter tempo para colocar, de vez em
quando, um pouco de pó nas maçãs do rosto.
Bem vindos, caros leitores, à realidade de uma mãe normal,
sem tempo para nada, principalmente para ela.
sexta-feira, 20 de novembro de 2015
cuidar
Inscrevi-me no Pilates e já fui a 5 aulas. Não tenho nem
nunca tive elasticidade. Olho à minha volta e tudo chega com o dedo grande do
pé a todo lado, menos eu. Estou empenada, rígida, a precisar mesmo muito de
esticar. Para além do corpo flácido e de estar mais magra que o normal, sinto a
pele a envelhecer. As razões são muitas: não dormir mais de 5 ou 6 horas por
noite; deitar tarde; esquecer o creme de manhã; preguiça para o creme à noite.
Enfim. Precisava de umas massagens, no rosto e corpo. Precisava de uma boa e
valente limpeza e hidratação de rosto.
Lembrei-me da Wells. É pertinho pertinho
de casa, temos sempre descontos e promoções associadas ao cartão continente,
atendimento personalizado e, depois da minha pesquisa no site, os tratamentos
que ando à procura.
Porque todas merecemos um miminho de vez em quando. Porque a
nossa pele é tão importante. Porque o envelhecimento chega cada vez mais cedo.
Vou e depois conto.
quarta-feira, 18 de novembro de 2015
decorar
O quarto dela será branco imaculado, com alguns apontamentos
de cor, almofadas, uns quadros. Brinquedos simples, de madeira, outros antigos
e recuperados.
Gosto de simplicidade.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
arriscar
Dar saltos de fé. Esperar que as asas que nos suportam a
vida não cedam e se abram perante o céu imenso que temos pela frente.
Dar saltos de fé. Ter a coragem de arriscar, de pensar para
além do óbvio. De sentir dor de barriga quando escrevemos as ideias no papel.
Dar saltos de fé. Ultrapassar cada poça de água, molhar os
pés, secar os pés, enfiar umas meias quentes pelas pernas que teimosamente
querem calcorrear a calçada da vida.
Dar saltos de fé. Não querer ficar no previsível, vivendo no
certo e tendo medo do incerto.
Dar saltos de fé. Desejar colher os frutos do imenso
trabalho de ter alguma coisa nossa. Querer plantar, escavacar, alisar a terra,
regar, esperar.
Dar saltos de fé. Partilhar com o nosso amor maior os nossos
maiores receios, medos, dificuldades, mas também os sonhos, projectos, anseios.
Dar saltos de fé. Não, não darei nenhum salto de fé, pelo
menos por enquanto, porque não tenho coragem para tal.
Arriscar não é para todos. É para os corajosos. E eu, que tanto
escrevo e tanto sonho, mas que nada passa do papel para a vida.
Talvez um dia, quem sabe. Talvez um dia.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
viver
Precisei de comprar o livro "A coragem de ser imperfeito". Precisei de perceber que erro muitas vezes, que sou normal e que não tenho intenção de ser anormal. Precisei que bater com a cabeça, de bater com os pés no chão, de bater com a porta que tem escrito "ser perfeito". Precisei de sentir que o caminho não era aquele, não, o caminho não era definitavamente aquele.
Tento, apesar de todas as dificuldades que sinto, parar de vez em quando para reflectir. Tento, pelo menos tento, não andar com a vida em modo velocidade furiosa. Por vezes lá me esqueço e regressa toda aquela ansiedade, a exigência, a preocupação, a necessidade de fazer bem.
As noites têm sido desgastantes. Não durmo mais de 2 horas seguidas. A Sofia acorda, chora, levanto-me, meto-lhe a chupeta, adormece. 30 minutos depois acorda, chora, levanto-me, meto-lhe a chupeta, adormece. Têm sido assim os últimos dias, ou melhor, últimas noites. A miúda, que sempre foi um autêntico anjo à noite, não dorme sossegada. Não sei se são os dentes (que ainda não tem), se é o nariz que fica sempre congestiado à noite. Sei que desgasta, cansa, esgota.
Os dias não são perfeitos. As noites muito longe disso. Não há tempo para nós. Não há tempo para namoros, para aquele corte de cabelo, para pintar as unhas de vermelho. Não há tempo para assados, para um bolo de maçã, para uma bebida à noite.
Mas isto é o que se chama de família perfeita, certo?
Apesar de tudo, e de todos os contratempos, olho para eles (para ele e para ela) e sinto o quanto os amo. Para isso há tempo. Para isso, o tempo parou, desde o dia que o vi, naquele dia 4 e desde o dia que a vi, naquele dia 24.
Foto: no meu quarto, na minha aldeia, no dia do sim, num dos dias mais felizes da minha vida.
quarta-feira, 4 de novembro de 2015
DESEJAR
Novembro sempre foi um dos meus meses favoritos, a juntar a
Setembro. É o mês do meu aniversário. É o mês da chuva a bater na janela (eu
gosto, dá-me inspiração). É o mês dos banhos quentes e dos pijamas quentinhos.
Lembro-me de, no ano passado, estar com uma bonita barriga
de 6 meses. Ano maravilhoso, esse de 2014. E ainda mais maravilhoso está a ser
o de 2015.
Para celebrar os meus 36 anos, lembrei-me de procurar
algumas coisas que gosto/preciso/não preciso mas gosto.
A minha wishlist para hoje é esta. Andei apenas a namorar
coisas da Zara. Depois coloco outras marcas:
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