Gosto de folhear o catálogo do Ikea e imaginar que vivo
como e com aquelas pessoas que lá aparecem. Famílias grandes e felizes. Casais
apaixonados no meio dos lençóis. Refeições deliciosas em cozinha lindas de tão
simples. Sofás onde apetece estar e dormir, sem nunca doer as costas. Identifico-me muito com o estilo nórdico. Quando fiz a minha
viagem solitária pela Suécia e Dinamarca, apeteceu-me ficar muito mais que as 2
semanas que lá estive. Apeteceu-me ficar a sério. Mas esquecendo essa parte do sonho, até porque este sol nos
faz bem e as sardinhas pequeninas com arroz de tomate também, seleccionei
algumas imagens para a decoração da nova casa. Já que não podemos viver na Suécia, trazemos um pouco da
Suécia para o nosso dia-a-dia.
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
deixar entrar o sol
Nunca iremos agradar a toda a gente. Nunca. Há pessoas que
gostam mesmo muito de nós e outras que nem por isso. É vida. É mesmo assim. Há pessoas que irão ficar sempre, mas sempre felizes com a
nossa felicidade e infelizes com a nossa tristeza. Outras há que não gostam de
nos ver sorrir e sorriem quando entristecemos. Na verdade, já me preocupei bem mais com este tipo de
pessoas que de quando em vez se atravessam no nosso caminho. Lido bem com isso,
ou, pelo menos, lido melhor.
Devemos gastar o nosso tempo com quem nos quer bem e dedicar
a nossa atenção a quem se preocupa connosco. Devemos ignorar os restantes.
Não escrevo isto por estar a passar por alguma coisa em
especial. Apenas me lembrei deste tema e decidi partilhar. Agora que estou grávida (e antes também, confesso),
facilmente percebemos o sorriso de quem fica feliz e o outro sorriso. Mas uma vez que este é o chamado “estado de graça”, vou
deixar que apenas as coisas boas entrem. Que entre a paz. Que este meu segundo
bebé sinta que a mãe é feliz. Muito feliz. E sou mesmo.
terça-feira, 23 de agosto de 2016
As minhas férias e uma novidade
Estive 3 semanas de férias, que terminaram ontem de manhã.
Não estive ausente do mundo, mas quase. Não li grande coisa, nem livros, nem
revistas, nem blogues. Também vi pouca televisão. Gostava de percorrer as
imagens do Instagram mas não o fazia diariamente. Facebook nem pensar, cada vez
gosto menos.
A primeira semana foi passada no calor tórrido de Monte
Gordo. Quase não pus os pés no caldinho de água que não nos abandonou. Já fui
de mergulhos e não regressar à toalha de cabelo seco. Mas agora ligo pouco.
Também já fui de me esticar ao sol à espera que os raios me preenchessem todo o
corpo, já de si moreno. Mas agora mal saio da minha toalha e debaixo do
guarda-sol.
A segunda e terceira semana foram passadas por aqui (entenda-se
Porto e arredores). Praia (mais fria mas suportável); visitas a museus; algumas
fotografias para salvar o 2º verão da nossa menina.
Este tempo de pausa (adoro esta expressão e tinha de a usar.
Li-a vezes sem conta nos blogues onde entretanto já actualizei a leitura), não
foi uma ideia minha. Vou reformular. Este tempo de pausa foi quase uma
imposição.
A novidade (entrem os tambores, estenda-se a passadeira
vermelha) é que estou grávida de 15 semanas (faz hoje) e, nestas últimas
semanas, tive: descolamento de placenta; exames ao sangue que detectaram
problemas de tiróide; marido a ter de tratar de tudo, e pegar em tudo, e
suportar tudo; arranjar uma empregada; empresa para passar a ferro; uff. Agora
está tudo bem. Quer dizer, mais ou menos. A placenta começou a colar mas a
tiróide talvez esteja aqui para durar. Veremos nos exames e consultas e que
avizinham.
Tirando os dias menos bons, mantenho a cabeça erguida.
Não foram umas férias de sonho. Mas também não foram más de
todo. Vi a minha filha crescer, começar a comer tudo o que comemos, devorar
arroz e pão. Entrar no mar sem medo. Fazer bolos de areia pela primeira vez.
Nem todos os dias são perfeitos. Vocês sabem bem que não.
Mas depois há aquela mão pequenina a agarrar a minha e há aquela voz doce de
menina que aponta para a minha barriga e diz “bébé” e dá beijinhos. E isto é
tudo.
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