segunda-feira, 23 de novembro de 2015

despertar

O dia começa cedo, bem cedo. Às vezes às 6h, outras vezes às 6h30. Hoje às 5h já chorava, não sei se com fome, com frio, com calor, sem sono, com sono. O início da manhã é tudo menos calmo. Acordamos com ela (um doce de despertador, com o choro desesperado de fome). Dou-lhe de mamar (eu acho que já não sai nada, mas ela fica satisfeita. Além do mais ela detesta, odeia mesmo, o leite em pó que lhe comprei. Verdade seja dita, que eu provei só para perceber, aquilo não sabe nada bem). Depois visto-a e vamos tomar o pequeno-almoço. Até aqui tudo bem, ela brinca, dança, começa a bater as primeiras palmas quando lhe cantamos a música dos parabéns, dá enormes sorrisos com aparece o Panda na televisão. Mas depois, depois quando quero tomar banho, aí a coisa complica-se. O pai tem de sair para trabalhar, ou o trânsito condiciona-lhe a vida. Não posso desaparecer da vista dela 2 segundos, às vezes 1,  ou os gritos ouvem-se do primeiro ao último andar, e quem sabe no prédio em frente. Já tentei: colocá-la no parque que compramos e onde tem os bonecos preferidos dela, mas grita. Levar a cadeirinha da papa e colocar à porta da casa de banho, mas grita. Vestir-me com ela na sua cama, mas já se levanta, agarra-se às grades e começa a pular, a pular, a pular, até quase bater com a boca na madeira. Enfiá-la no carrinho bengala e andar com ela pela casa, a fazer as minhas coisas enquanto ela observa atentamente tudo. Esta é a que funciona melhor.
 
Já pensei em soluções, como acordar mais cedo que ela e arranjar-me antes dela acordar. Mas acordar a que horas? 5 da manhã? Por vezes o que faço é tomar banho à noite. De manhã é só vestir-me e sair. Se passaram por isto, se tiverem truques e dicas, serão muito apreciados por esta mãe que, apesar de amar muito a sua filha, só queria ter tempo para colocar, de vez em quando, um pouco de pó nas maçãs do rosto.
 
Bem vindos, caros leitores, à realidade de uma mãe normal, sem tempo para nada, principalmente para ela.
 
 
 

2 comentários:

Cristiana disse...

Olá cara mãe normal. Pois. Percebo. Eu sei o que é ser uma mãe normal. Uma mãe que está disposta a quase tudo, porque ouvir a criança a chorar não é suportável para a mãe normal. Se a criança gosta de musica, leva-se o telemóvel (e a criança, que os vapores até fazem bem à respiração) para a casa-de-banho connosco e toma-se um rico banho ao som de Cristina Branco. Se não há tempo para estar a pôr musica no telemóvel, vai-se de improvisos e canta-se. Já se sabe que a voz de mãe normal é desafinada, mas tal qual a mãe normal tem o filho/a mais lindo do mundo, a voz dela é a mais linda do mundo para o/a filho/a. Algumas mães já forma vistas a dançar enquanto espalhavam pó mágico pela face (e por toda a casa de banho, à mãe normal, é normal!). Se a criança não gosta de musica, passo a palavra à próxima mãe normal, que este comentário já vai longo e esta mãe bem sabe que teve alguma sorte com os gostos musicais da criança...

Lovely disse...

Concordo. Mãe normal termo certo. O meu truque se é que posso chamar truque é depois de mamar pelas 6.30/7h deitamos as duas na minha cama. Apenas com a luz de presença aninhamos e ela acaba por adormecer. E aí entro em acção. Banho, vestir e maquiar. Por volta das 8.30 ela desperta. E depois trato dela.
Quando não adormece, vai comigo para a casa de banho. Ponho uma toalha no chão fracos de gel de banho vazios e lá fica e sim música faz parte deste ritual. Ainda estou em fase de testes. Pois fica a faltar sempre o pequeno almoço, só me lembro quando estou no carro e dá-me a fome. Mas vamos conseguir... Tudo a seu tempo.