quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

afazeres

Vou precisar:
 
  • de arranjar uma empregada para ir lá a casa fazer uma limpeza geral. Daquelas limpezas que eu gosto, mas que já não consigo fazer. Porque quero preparar a chegada da Sofia e preciso mesmo de limpar a fundo aquela casa. Ainda por cima estamos lá em obras:
  • de passar a ferro toda a roupa da Sofia e arruma-la convenientemente no seu lugar;
  • de fazer a mala da maternidade;
  • de marcar uma visita à esteticista e tratar um bocado de mim antes do grande dia;
  • de me encontrar com o João, o meu cabeleireiro, e cortar o cabelo (que é pequenino, eu sei, mas que para mim já está comprido). Já sei que depois o tempo não vai ser muito, por isso…
  • e marcar consulta no centro de saúde da terra, uma vez que ainda não consegui fazer a transferência.
Mas isto tudo, só depois de saber até quando vou trabalhar. Porque quero fazer isto com calma. Amanhã, espero mesmo que amanhã a médica me possa dar indicações mais precisas.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

o quarto das tias

O quarto era pequeno e limpo. Tinha uma cama antiga, com desenhos de flores na cabeceira e uma mesinha com 3 gavetas. Tinha uma cómoda de madeira escura e em cima dela uma caixa de papel verde com alguma maquilhagem. A tapar a cómoda, como era costume, um pano de renda. Tinha um espelho na parede onde passei horas a ver-me crescer. Apenas um tapete, em tons de vermelho e preto, tapava as tábuas largas e gastas. E não tinha espaço para mais nada.
Era o quarto das minhas tias, na casa dos meus avós. Foi o quarto onde quase cresci porque lá passei muitas noites. E foi o quarto onde dormimos todas, as tias e a única sobrinha. A primeira sobrinha. A primeira neta.
Ao longo dos anos vi a transformação que se deu em nós. Eu a ficar uma mulherzinha e elas a ficarem mulheres a sério, a namorarem e casarem. Lembro-me de ser pequenina e observar muito atenta a forma como se arranjavam. E quando elas saíam, eu ficava com o quarto só para mim. O espelho, o famoso espelho, era o público que sempre sonhei ter. Vestia as roupas delas. Usava os cremes e perfumava-me. Depois o espectáculo, o meu espectáculo acabava. Voltava a vestir o meu pijama pequenino e adormecia na cama delas. No dia seguinte acordávamos sempre com o meu avó na porta, bem cedo, com aquela voz que respeitávamos muito, que o senhor lá admitia dorminhocas em casa.
Depois fizeram obras na casa e eu perdi para sempre aquele quartinho. Ficou gravado na minha memória e, talvez porque nunca me quero esquecer dele, decidi hoje escrever sobre isso.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

daqueles dias em que a ansiedade vence a calma

Ontem à noite tive um daqueles momentos "ai caramba que isto está quase no fim e eu só vou a meio da preparação de receber um bebé em casa". O que vale é que tenho poucos momentos assim.
A gravidez tem sido agradavelmente calma. Ajuda saber nas consultas que a Sofia está bem, que tem crescido, que a mãe também está bem. Ajuda ter um pai calmo, sereno e sempre bem disposto. Ajuda ser uma grávida despreocupada. Mas depois olho para a lista de coisas para comprar/arranjar/pedir e fico assustada. Não imaginam vocês a grandiosidade da lista.
Inspira. Expira.
 
 
 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

estou de volta, numa sexta de Janeiro

Beeeem, já não vinha aqui há uns 500.000 anos. Mas não desapareci. Apenas andei sem tema, sem texto e com muito trabalho em cima.
Acabei por perder o dia das 15.000 visualizações conseguidas. Shame on me. Apenas posso agradecer, agradecer muito por estarem desse lado e, apesar de eu não vos escrever, continuarem a visitar-me.
Como está a minha vida? Pois que anda muito bem, obrigada.
Hoje a barriguinha de lontra faz 34 semanas. Já começo a sentir aquelas contracções com nome de duque inglês. Na cama a posição para dormir é para a esquerda e não sai nunca mais da esquerda que não consigo virar-me para mais lado nenhum. Mas tirando isso a coisa tem corrido bem.
E como está a casa? Está a andar e, apesar dos donos descrentes não acreditarem que vão lá passar a noite de S. João, o empreiteiro diz que as sardinhas serão comidas e assadas na nova churrasqueira. Deixa-nos com um bocadinho de esperança e isso é bom nesta altura de tanta descrença nacional.
Ainda estou a trabalhar, entenda-se no meu emprego, das 9h às 18h, de segunda a sexta. Até quando é que não sei. Talvez a consulta que vou ter no próximo dia 30 me traga mais respostas.
Ah e a mala da maternidade, já tens tudo? Pois. Não. Mas também não falta assim tanta coisa. Banheira, carrinho e babycoque (sei lá como se escrever correctamente isto). Ai isto faz parte da lista de essenciais? Vão dizer isso a uma loja do Outlet de Vila do Conde onde fizemos a encomenda dia 1 de Novembro e ainda não chegou nada. Descansem que andamos a tratar do assunto. Pelo menos a tentar, uma vez que daqui a nada a pequena vem ao mundo e não há cadeirinha para a miúda.
Portanto, é isto.
Agora vamos à Casa da Música a um concerto de música clássica (dizem que faz bem ao desenvolvimento da criança, mas acima de tudo vai fazer bem aos pais da criança, que bem precisam de andar relaxados para os dias que se avizinham).
Bom fim-de-semana e continuem a passar por cá! Prometo ser mais assídua. Aliás, este pode ser já o meu desafio para este ano que já começou há 23 dias. Mas também o que são 23 diazitos, não é?