quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DAS CONVERSAS DO ESCRITÓRIO

- O Continente também já tem uma Bimby! Foge, logo agora que eu comprei uma.
- Sim, mas não deve fazer as coisas que a verdadeira Bimby faz…
- Ah…num sei. É que oubi dizer que era a mema coisa. Eu tou por tudo. Ainda por cima é mais barata. Andei eu a gastar dinheiro numa. Mas támen num faz mal, não me custou nada dar aquele dinheiro. Eu até disse: eu quero pagar tudo, não gosto de díbidas...mas num dava para ser assim, sabes?
- Pois, por ser mais barata é que não deve ser igual.
- Oh, isso de ser mais barato num interessa nada. Eu compro tudo marca branca. Sou assinante da Deco e estou sempre a par de tudo. Além disso num tou a gostar nada daquela máquina. Aquilo foi feito para pessoas inteligentes (ao menos assume) e tem muitos botões. Eu gosto é das panelas e tachos. Num me dou bem cum máquinas! - diz ela metendo por vezes o lápis bem dentro dos ouvidos para coçar.

Eu tenho uma Bimby. Ainda ontem à noite, enquanto o frango assado acabava de alourar no forno e as batatinhas acabavam de ficar bem tostadinhas, eu pesei rapidamente uns ingredientes e coloquei o pão a levedar.
Quando acabamos de jantar, foi só colocar o pão no forno ainda quente e...voilá, pão delicioso para o pequeno-almoço.
Aceito que a máquina até é carita. Aceito que há pessoas que sabem e gostam e querem mesmo cozinhar com panelas e tachos. E aceito que nem toda a gente possa comprar uma (mesmo que digam que querem pagar a pronto, como a personagem do diálogo, mas que eu duvido até que ela tenha a Bimby. A mim cheira-me que não tem nada, nunca teve nada nem nunca vai ter. Mas pronto, isso sou eu aqui a querer criar boatos).

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