Conto chegar à aldeia a meio da tarde de amanhã.
Conto sentir o cheiro a rabanadas e prová-las ainda quentes, como é costume.
Conto sentir o calor da cozinha aquecida a lenha e dos abraços da família que passa o Natal sempre connosco.
Conto ter-te ao meu lado, pela primeira vez, a saborear o bacalhau regado com azeite, as batatas cultivadas pelo meu pai e cozidas na panela preta de três pernas pela minha mãe.
Conto saborear as delicias de Natal (para o ano resolveremos os quilos a mais), cheiro a canela e açúcar e frutos secos em toda a casa.
Conto ouvir o sino da pequena capela, às 17h, a chamar esta gente humilde e sem vaidade para a missa.
Conto abrir os presentes, entre risos e gargalhadas como é sempre todos os anos.
Conto sentar-me à mesa, olhar silenciosamente em volta, e agradecer, por este momento, por esta família que cresceu contigo e que quero que continue a crescer.
Conto, ano após ano, fazer do Natal não uma época de consumo, pressas, compras, mas sim uma época de amor, compaixão, partilha, entreajuda, companheirismo.
Conto continuar a escrever, aqui e quem sabe noutros sítios, e continuar a sentir-vos desse lado.
4 comentários:
se me é permitido "conto vir aqui mais vezes". hoje foi a primeira, é aquela velha história de link em link, aqui cheguei e gostei. Feliz Natal. O espírito está todo aí.
Conto... que tenhas um Feliz Natal *
Abraço*
E quem conta um conto... adiciona pontos à vida. :)
Espero que tenhas consigo e que consigas tudo isso :)
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