quinta-feira, 15 de maio de 2014

Uma viagem que se chama vida

O fim-de-semana será de descanso, de romance, de sorrisos largos e sinceros pelo momento de felicidade que vivemos. De aproveitar as temperaturas altas e dar mergulhos na piscina com vista para a serra e as temperaturas frias da noite e os fortes e doces abraçados à luz das estrelas que vivem no meio do nada.

Há 3 anos atrás, tínhamos ido a Marrocos e percorrido aqueles souks de mão dada e apertada para evitar que nos deixássemos de ver no meio de tantos tapetes. Eu tinha mostrado a minha coragem e destreza ao permitir que as cobras da praça Jemaa El Fna me fossem colocadas à volta do pescoço. E ele a incrível capacidade de querer conhecer, de ler o guia e fazer tudo para que a nossa viagem fosse inesquecível. Que foi.

Há 2 anos atrás namorávamos em Roma e fui pedida em casamento nas escadas da Piazza del Popolo. Já noiva, descemos num Fiat 500 branquinho até Nápoles, por entre estradas estreitíssimas, desafiando o rasgar das montanhas que revelavam as mais belas vistas do litoral italiano. Espremidos entre as cadeias de montanhas de Lattari e o mar de águas azuis que é aquele Mediterrâneo, fizemos promessas de amor com os braços de fora a tostar ao sol e as gargantas sedentas de um limoncello. Encantamo-nos pelas escarpas da costa Amalfitana e fizemos planos para a nossa vida em Ravello, inspirados pela ópera Parsifal de Richard Wagner. Foram dias do mais puro dolcefarniente, embalados pelo cenário arrebatador desta Itália e pelos nervos a fervilhar no corpo nesta nova condição de noiva. Abraçamos o sol, fizemos promessas à lua e contamos segredos aos planetas, sussurrando ao vento palavras soltas de amor em gesto de agradecimento por esta viagem incrível. Que foi.

Há 1 ano atrás estávamos a poucos dias de dizer o sim para toda a vida. Já tínhamos tudo preparado, correctamente alinhavado, só esperávamos pelo grande dia. Os dias alternavam entre o frio, alguma chuva e a previsão de uma frente polar a mexer com os nervos de quem mandara fazer vestidos decotados. À parte de tudo isto, eu não podia estar mais serena, mais confiante e mais certa que iria ser um dia para nunca mais esquecer. Que foi.

Hoje, continuamos nesta correria diária de sermos felizes, de permitirmos que o amor entre todos os dias mais um bocadinho, como o sol que penetra nas frinchas da persiana da cozinha pela manhã.
Hoje, sentimos que a simplicidade, o respeito, o carinho, a atenção são as palavras chave para todo este estado de paz na alma.

O fim-de-semana será nosso. De nós os dois.

2 comentários:

Raquel Caldevilla disse...

Que bom! E parabéns a vocês! :)

Classe Cappuccino disse...

Adoro o trabalhado do tecto da 4ª foto

Sónia
Taras e Manias