"...gosto do deserto, e do acaso da vida. gosto dos enganos, da sorte e dos encontros inesperados.
pernoito quase sempre no lado sagrado do meu coração, ou onde o medo tem a precaridade doutro corpo”
-Al Berto
Amanhã não há arrumações, nem aspirador, nem pano do pó. amanhã quero acordar ao teu lado, ouvir a chuva que eu sei que vamos ouvir e o vento que eu sei que vamos ouvir. e quero abraçar-te, dar-te um beijinho de bom dia e voltar a adormecer. amanhã quero dormir ao som do desejo do meu corpo embalado pelo escuro do quarto pela manhã. amanhã quero tomar o pequeno-almoço contigo, à tua frente como fico sempre, beber cada trago de leite e pegar em cada pedaço de pão pincelado com compota de frutos silvestres. tudo com subtileza. os dois, em pijama, estaremos a trocar aqueles olhares cúmplices capazes de evitar as palavras. e depois preparamo-nos para a festa. sim. gostava que fosse assim. tudo calmo, tudo simples, tudo no tempo certo e sem pressas. amanhã será sábado. e como gostamos nós do fim-de-semana. e do domingo também gostamos. amanhã, como todos os dias, será mais um bom dia para dormir e viver ao teu lado.
Sem comentários:
Enviar um comentário