O SOFÁ LÁ DE CASA

é, como em qualquer casa de jovens portugueses entre os 18 e os 35 anos, do Ikea.
É branquinho, muito engraçado até. Mas é pequeno e um tanto ou quanto desconfortável.
E perguntam vocês: “mas e tu não és uma mulher casada, assim na casa dos quase 34 anos, e com um marido que adora ver televisão na tua companhia, e passam bons e grandes momentos em frente àquele aparelho a que chamam plasma fazendo sucessivamente rewind, forward e rec de séries e filmes e outras tantas coisas que passam a horas que não estão em casa”?
Pois que sou. E na sala até temos outro sofá. Mas, apesar de mais confortável e mais caro (compra do marido quando era ainda solteiro), é mais pequeno.
Temos, desta forma, de nos cingir àquele sofázinho branco, pequeno e duro nas nossas matinés.

Mas queiram vocês saber que não é por isso que deixamos de ver todas as séries que passam no ecrã.
E não há domingo à tarde que não nos “deitemos” (entenda-se tentar encaixar as pernas, colocando-nos cada um numa ponta, trocando de posição de 5 em 5 minutos para que as pernas não fiquem dormentes) e nos deliciemos com as maravilhas do grande ecrã (sim, porque a nossa televisão é daquelas modernas, com dimensão algo considerável).

Contamos comprar um sofá novo quando mudarmos para a casa nova. Sim, casa nova. Então vocês acham que ando aqui a colocar imagens de casas lindas porquê? Porque sou arquitecta? Nada disso.
Contamos comprar um sofá grande, espaçoso, fofinho, confortável, branco.
Nunca nos iremos esquecer deste. Talvez se livre do Custo Justo e vá connosco nas mudanças. Talvez.

Entretanto, e já que falamos sobre o tema decoração, era só para vos dizer que adoro paredes carregadas de quadros.
A ver se a casa nova terá uma parede assim. A ver!