O dia não tinha sido dos melhores. Pela manhã, a notícia do falecimento de uma avó de uma amiga ( já era velhinha, a avó, mas, parece que mesmo já contando, nunca contamos, não é?); trabalho mais que muito com alguns desentendimentos pelo meio, que me tiraram do sério durante algum tempo, e sem sequer ter tempo para contar até 10, ou 20, ou...Portanto, apesar do sol lindo que brilhava e entrava na minha janela, dentro do gabinete a coisa estava mais para o cinzenta, a chutar para o cinza escuro. Até que...
Até que o final do dia chegou e com ele o nosso regresso a casa. Até que falamos sobre o nosso dia e contei o que me preocupava. Até que ouvi atentamente as tuas palavras sempre sábias, carregadas de amor mas também de ensinamento. Até que o nosso Portugal marcou, e voltou a marcar e os gritos (baixinhos, que isto não é a aldeia, não senhora, onde o meu pai coloca música a tocar lá em casa que mais parece dia de festa na terra), os gritos, dizia eu, e a alegria do apuramento para o mundial conseguiram fazer do dia que não tinha sido dos melhores no melhor do meu dia.
E julgo que era disto que a Catarina e a Ana falavam e queriam quando decidiram começar "este projecto". Escolher o melhor do nosso dia e fazer as pazes com o que correu menos mal.
Não posso dizer que tenha feito as pazes com tudo o que correu mal, mas estou a tentar caminhar para lá, num percurso que se avizinha ainda algo sinuoso mas com poucas curvas!
Tenham uma boa noite.
3 comentários:
Que final do dia tão bom... Assim é que é ver o melhor de cada dia. Uma tarefa muitas vezes complicada, mas que vale a pena!
Pois vale, Raquel. Vale sempre a pena :)
belo final ;)
Sonia
Taras e Manias
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