Por vezes, convém parar, sentar, respirar, fechar os olhos e
pensar no que queremos desta vida. Pensar no que andamos afinal aqui a fazer.
Se somos felizes. Se fazemos os outros felizes.
Por vezes, convém fazermos uma retrospectiva da nossa vida. Porque,
assim como as nuvens que neste momento observo no céu e que passam na minha
janela numa velocidade incrível (tempestade aproxima-se), também a vida passa
mais rápido do que julgamos. E depois o que fica? O que demos? O que fizemos
para alimentar a nossa alma e enriquecer a nossa existência?
Custa arriscar. Custa mudar. Custa dizer que não. Custa dizer
que não à passividade da vida. Custa. Mas no fim vale a pena.
Os trambolhões que dei na vida, sempre me ensinaram algo. Nunca
tive a vida facilitada, mas sempre tive em mim uma força invisível para mudar,
enriquecer, aventurar.
O meio onde nasci deixou-me marcas que nunca irei esquecer.
Ensinou-me a ser simples, a respeitar tudo e toda a gente, a não ter medo de
nada. Ensinou-me a sonhar de olhos abertos deitada no meio do milho. A observar
estrelas e saber de cor onde ficam. Mas para continuar a riqueza interior tive
de sair, nunca abandonar, apenas distanciar-me da pacatez da terra. Aliás, era
a pacatez que me afligia.
Não acho que o processo esteja concluído. Acho apenas que estou
no bom caminho. E ainda há tanto, mas tanto caminho para percorrer!
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