quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Retrospectivas

Por vezes, convém parar, sentar, respirar, fechar os olhos e pensar no que queremos desta vida. Pensar no que andamos afinal aqui a fazer. Se somos felizes. Se fazemos os outros felizes.
Por vezes, convém fazermos uma retrospectiva da nossa vida. Porque, assim como as nuvens que neste momento observo no céu e que passam na minha janela numa velocidade incrível (tempestade aproxima-se), também a vida passa mais rápido do que julgamos. E depois o que fica? O que demos? O que fizemos para alimentar a nossa alma e enriquecer a nossa existência?
Custa arriscar. Custa mudar. Custa dizer que não. Custa dizer que não à passividade da vida. Custa. Mas no fim vale a pena.
Os trambolhões que dei na vida, sempre me ensinaram algo. Nunca tive a vida facilitada, mas sempre tive em mim uma força invisível para mudar, enriquecer, aventurar.
O meio onde nasci deixou-me marcas que nunca irei esquecer. Ensinou-me a ser simples, a respeitar tudo e toda a gente, a não ter medo de nada. Ensinou-me a sonhar de olhos abertos deitada no meio do milho. A observar estrelas e saber de cor onde ficam. Mas para continuar a riqueza interior tive de sair, nunca abandonar, apenas distanciar-me da pacatez da terra. Aliás, era a pacatez que me afligia.
Não acho que o processo esteja concluído. Acho apenas que estou no bom caminho. E ainda há tanto, mas tanto caminho para percorrer!
 
 
 

Sem comentários: