segunda-feira, 21 de setembro de 2015

aceitar

Faz-me bem ver fotografias de pessoas a sorrir, de festas no campo ou na floresta, com candeeiros e luzes a iluminar a vida.
Faz-me bem ler palavras positivas, cheias de esperança no mundo, palavras que quando leio o mundo sorri, as nuvens afastam-se, a chuva pára, o sol brilha com toda a força.
Faz-me bem ouvir pessoas cheias de força, daquelas que não se cansam de dizer “vai correr tudo bem” ou “isso não é nada” ou “vai passar”.
Gosto de ler aqueles meus blogues onde encontro sempre palavras doces, sensatas, de vidas normais com pessoas normais. E por tão simples que são, encaixam sempre na perfeição no momento que estou a viver, na situação que estou a passar.
O dia está lindo, diria até maravilhoso. Está sol, um sol suficientemente forte para aquecer os corações mais tristes. Um céu incrivelmente azul que nos deixa a sonhar e nos trava as lágrimas que por vezes querem escorrer pela cara cansada, triste e cheia de novas rugas que vão entretanto surgindo. Há quem lhes chame rugas de sabedoria mas eu diria que são rugas de preocupações.
Ter um filho é isto mesmo. É viver para ele. Sofrer quando ele sofre, chorar quando ele chora, sorrir quando ele sorri. E como sorri a minha filha. Doce, alegre, bem-disposta, é um anjinho.
Tomo um café, e como me sabe bem o café. Abro o caderno que comprei à Rosa e Canela onde leio “Positive Life”. Faço as listas do costume, os pontos essenciais para o baptizado. Respiro fundo, endireito as costas, escrevo com a minha caneta preferida. Faço planos para o futuro. Tento não fazer muitos. Tento viver os dias um de cada vez. Já pensei muito a longo prazo, agora não. Agora tento (por vezes não consigo, mas lá está, tento) viver de forma mais tranquila e pensar só no dia de hoje. E no de amanhã, pronto.
 

 
 
Sofia, quase quase 7 meses. Adora a papa que lhe dou ao lanche. A sopa é que é mais complicado. Alergia à batata, à cenoura? Ainda não sabemos. Sorri para toda a gente, adora passear e colo. Já se senta, durante alguns longos segundos. Depois estica-se e cai para o lado. Leva o dedo do pé à boca. Ri-se às gargalhadas quando finjo que a vou enfiar pelo espelho.

3 comentários:

Liliana Pereira disse...

Texto maravilhoso. Parabéns.

Lovely disse...

Tal e qual. Adorei

Marta Moura disse...

:)