Dar saltos de fé. Esperar que as asas que nos suportam a
vida não cedam e se abram perante o céu imenso que temos pela frente.
Dar saltos de fé. Ter a coragem de arriscar, de pensar para
além do óbvio. De sentir dor de barriga quando escrevemos as ideias no papel.
Dar saltos de fé. Ultrapassar cada poça de água, molhar os
pés, secar os pés, enfiar umas meias quentes pelas pernas que teimosamente
querem calcorrear a calçada da vida.
Dar saltos de fé. Não querer ficar no previsível, vivendo no
certo e tendo medo do incerto.
Dar saltos de fé. Desejar colher os frutos do imenso
trabalho de ter alguma coisa nossa. Querer plantar, escavacar, alisar a terra,
regar, esperar.
Dar saltos de fé. Partilhar com o nosso amor maior os nossos
maiores receios, medos, dificuldades, mas também os sonhos, projectos, anseios.
Dar saltos de fé. Não, não darei nenhum salto de fé, pelo
menos por enquanto, porque não tenho coragem para tal.
Arriscar não é para todos. É para os corajosos. E eu, que tanto
escrevo e tanto sonho, mas que nada passa do papel para a vida.
Talvez um dia, quem sabe. Talvez um dia.
2 comentários:
Ando com vontade de arriscar,mudar ter mais tempo...e coragem???onde anda???
Como te entendo.
Bjinhos para as duas
É mesmo esse o problema, não é? A coragem ;)
Que ela venha, e rápido! Para ambas.
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