quinta-feira, 10 de julho de 2014

Village, chickens and warm cakes #1

Se eu fosse minimalista, e desprendida das coisas, e morasse no campo, era assim que me imaginava a viver.
Para quem acha que este estilo de vida é fácil, não é. A sério que não é.
Há sempre muita coisa a fazer, a tratar, animais a alimentar, lenha para apanhar.
Mas que seria da vida sem uma boa dose de trabalho? :)

A inspiração vem daqui.









3 comentários:

Unknown disse...

Então e se fosses rapariga da cidade que decide mudar-se para o campo e entretanto descobre uma grande pobreza de espírito, um vazio, e depois coisas cheias de significado e sumo, e começa a dar valor verdadeiro ao sítio que escolheu para constituir família, e depois, fruto da incompetência que tanto a irritou neste início de vida numa vila alentejana, acaba por sucumbir, não sem antes estrebuchar sobejamente, a uma gestão danosa? E às vezes, agora sem emprego, se põe a pensar: mas afinal o que é que eu vim para aqui fazer? Any thoughts? Much appreciated.

Mediocre

andorinha disse...

Mas e então?! Gosta ou não gosta de viver no campo?
Sabe que eu vivi lá 32 anos e o que não me faltava era riqueza de espírito. Aliás, tudo o que sou (de bom) devo à simplicidade daquela aldeia e à sua boa gente. Mas depois veio a cidade e eu fiquei apaixonada por ela :)

Unknown disse...

Pois é, foi mesmo ao ponto, e então, afinal gosto ou não? Gosto sim senhor, adoro a segurança em que crio as minhas crianças, adoro as pessoas mesmo do campo, aquelas genuínas, as mais simples (não confundir com simplórias, que tenho muito, mas mesmo muito respeito por estas pessoas), as que gostam de nos ver, vir falar e que levam mesmo a mal, não têm papas na língua, se não aceitamos aquelas couvinhas tão boas que nos trouxeram da sua horta. Acho que estou numa fase má e falo com algum ressabiamento quando pergunto o que vim para aqui fazer, porque eu trabalho para estas pessoas, e sim, gosto, gosto muito, mas não trabalho com elas, trabalho(ava)com parasitas incompetentes que levaram uma empresa essencial à vida destas pessoas a fechar, e isso não só me entristece como me revolta... e depois uma pessoa põe-se a reequacionar tudo e mais alguma coisa. O que vale é que esta raivinha boa é direcionada para a mudança... a definir.