segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

mãos geladas, pés gelados

E a minha letra fica feia quando estou assim. Mesmo com a caneta favorita, a letra sai torta. Os "às" não são os mesmos "às" e os "esses", uma das letras que mais gosto, não ficam assim redondinhos como deviam ficar. Por esse motivo, não me ponho a escreve na agenda, nem no meu bloco de notas. E tinha tanta coisa para escrever, agora que estava a ler sobre Ingmar Bergman.
Vou esperar que a temperatura da sala suba. Vou buscar um chá, talvez verde. Vou comer uma fatia do bolo de laranja que fiz ontem ao final do dia. Vou andar um bocadinho pelo corredor, longo, a ver se os pés aquecem. Vou abraçar a caneca do chá à espera que as mãos derretam. Mergulhar os lábios na água quente com travo a plantas e esperar que desta forma o corpo comece a aquecer.
Já esteve sol. De manhã esteve sol. Agora levanta-se-me um frio, mesmo muito frio. O céu perdeu os tons de azul e deu lugar aos cinzas, pretos e castanhos.


1 comentário:

Raquel Caldevilla disse...

E eu que tive tanto frio hoje... *